Transformar os limões que a vida nos dá em uma deliciosa
limonada. Essa é a minha filosofia de vida. A partir desse pensamento que criei
o blog Limonada Zen para escrever como lidava com situações um tanto chatas e
inesperadas. E, depois de um tempo, veio a vontade de compartilhar histórias e
experiências de pessoas que buscam o mesmo.
No post de hoje, uma baita lição de superação. Priscila Soares Morais ,
uma jovem estudante de artes cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul (UFRGS), estreia neste final de semana como dramaturga e apresenta, em
Porto Alegre, a peça Caderno de ins-pirações, um texto reflexivo sobre as
nossas tantas crises do dia-dia.
A ideia veio do próprio diário dela, escrito sempre com
muito carinho. “Aqui tem de tudo. Trecho de poemas e músicas, coisas sobre
teatro, um poeminha do Mário Quintana, fotos, coisas que eu vou vendo e
registrando, sensações, ideias, inspirações, recuerdos, pirações. Reflexões da
vida, do sonho, da dor, das angústias, do cada dia.”, afirma Priscila. A
montagem, que tem supervisão da renomada atriz e diretora Patrícia Fagundes, se
estrutura em uma narrativa épica, partindo da obra de Fernando Pessoa, da
criação de alguns textos autorais e de textos de criação coletiva do grupo.
O processo de criação e montagem da peça começou de uma
forma um tanto difícil devido ao fato dela ter ficado um ano afastada do curso por
motivo de doença e ter se distanciado da turma na qual havia ingressado. “No curso de direção teatral não conhecia
muitas pessoas dispostas a ingressar em um projeto comigo, foi então que
convidei alguns amigos que já haviam se formado no curso de teatro para atuar
em meu estágio de montagem”, relembra.
Os atores Vinicius Mello e Magda Schiavon abraçaram a causa.
No palco, perpassam por diferentes situações que tem como eixo central o estar em crise. “O projeto é lindo
e encantador. As pessoas vão pensar mais sobre as suas vidas de uma maneira
mais poética. Nada de dramalhões”, comenta Vincius.
Para Priscila estar em crise, não saber o que fazer ou que
caminho seguir é estar vivo, é viver. “Viver é isso, é escolher, decidir, não
saber, é sorrir, é chorar, é sofrer. É dançar na corda bamba de sombrinha, é um
rosário de piscados. É fazer, refazer, é tentar, construir, desistir. É a cada
passo do caminho, descobrir e inventar o caminho”, conclui ela.
A montagem pode ser vista hoje (15.12), amanhã (16.12) e domingo
(17.12), às 20h, na Sala Alziro Azevedo (Av. Sen. Salgado Filho, 312). A entrada
é franca.
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