Crise financeira aqui. Corte
de despesas lá. Enxugamento acolá. A economia mundial está abalada. No Brasil,
o tsunami de ondas negativas devastou o mercado, atingindo em cheio empresas e
trabalhadores. Para 2017, que está recém começando, a ordem é só uma: se reinventar.
E a dica vale para todo mundo: desempregados, empregados e empregadores.
De acordo com o consultor de
carreiras Fábio Souza, associado da De Bernt no Rio Grande do Sul, o discurso
pode soar corriqueiro entre tantas análises, mas faz-se necessária uma revisão
clínica para aproveitar melhor os recursos, agilizar processos e otimizar
resultados. “O exercício é para todos,
sem exceção. No que compete às empresas, o redesenho das estruturas deverá
estar alinhado à periódica avaliação de seus colaboradores. É fundamental
identificar se a equipe tem o perfil necessário para atravessar esse período de
incertezas”, afirma. Em outras palavras, é preciso escalar o time correto,
pois não haverá espaço para manter um jogador mal escalado ou na posição
errada.
Fábio Souza. crédito divulgação |
Para quem está no
mercado de trabalho, não existirá zona de conforto. Este ano será importante para se praticar
a resiliência e pensar no autodesenvolvimento. Segundo Fábio, não vai se admitir
mais frases como “eu não sou contratado para isso”. Independente do cargo que
ocupa na empresa, o colaborador terá a missão de assumir novas tarefas,
reforçando a tendência de perfis multifunções. “Em tempos de crise como este, é importante compreender as dificuldades
da organização e estar aberto a mudanças internas, que podem representar
grandes oportunidades para boas ideias. Atualizar suas capacitações e assumir a
liderança das soluções farão a diferença”, defende.
E para quem está
fora do mercado e busca uma recolocação? Para o consultor de carreiras, além da
resiliência, o candidato terá que ter maior paciência, pois os processos de
seleção serão cada vez mais longos e rigorosos. E mais. “Novos conceitos do mercado acarretarão na redução de salários,
especialmente para cargos mais estratégicos – queda estimada de 30% a 40% nos
rendimentos. E não haverá espaço para lamentações. As empresas buscam
profissionais qualificados, experientes e que, acima de tudo, estejam
preparados para atuar como donos do negócio”, completa.
Então, enquanto a marola não
passa, o conselho é se revisitar e tentar descobrir o que de melhor você faz. Foco
e resistência podem fazer a diferença mais adiante.
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