
Não tem jeito! Todo mundo se lembra da tal fé quando está na pior: doente, sem dinheiro, com problema no trabalho e na vida pessoal, triste porque alguém morreu…Ou, simplesmente, quando se percebe que não há mais nada para se fazer, apenas ter fé!
Num almoço de domingo, onde toda a família estava reunida, o assunto sobre espiritualidade veio à tona. Percebo que minha vó, hoje com 86 anos, estava pensativa. Bem longe da discussão! Com a cabeça baixa e o olhar perdido no assoalho da sala de estar, ela me pergunta:
- O que eu faço para ter fé?
A dona Wanda, uma mulher linda e forte, de olhos azuis cor do céu e cabelos bem brancos como as nuvens, levou poucas e boas da vida. Além de perder os pais, enterrou dois maridos, uma irmã, o único genro, dois cunhados e dois enteados. Sem falar de alguns probleminhas de saúde aqui, outros ali, e as chateações rotineiras comuns para os mortais. Mas nada que a deixasse no meio do caminho, mesmo sabendo que a tristeza, por muitas vezes, era a sua principal companhia.
- Vóóó!
Falei em tom lento para que pudesse achar uma boa resposta para àquela pergunta tão “puxada”!
- Ter fé é simples. É acreditar. É acreditar que “àquele” problema será resolvido da melhor maneira possível. É acreditar na cura. É acreditar que vamos ficar bem. É acreditar naquilo que queremos. É acreditar que o dia de amanhã será melhor que o de hoje. É acreditar pra valer! Enfim, é acreditar no que acreditamos todos os dias.
É nessa insistência que nasce a fé! Isso mesmo! Fé é um exercício diário de pensamentos que acreditamos e desejamos. Agora, se existe um Deus ou algo superior por trás disso tudo, daí, meus amigos, é como diz àquela velha frase:
- Mulher, política e religião não se discutem.
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