por adriano cescani
Dias atrás no trânsito, durante esperava a luz verde da sinaleira acender, ouvi uma música alta no carro ao lado. Percebi uma mulher de mais ou menos 40 anos dançando e cantarolando uma música da década de 80. Essa cena é muito comum, e eu sou campeão de fazer do banco do motorista o palco e a direção e o painel a platéia. Cada louco com a sua mania.
Mas tal episódio matutino me fez relembrar uma história ótima.
Estava com alguns amigos nas cadeiras do Gigantinho curtindo o show do A-Ha (aliás, o último da banda em Porto Alegre). De repente uma moça levanta - sim, todos estavam sentados - e começa a se requebrar como uma minhoca saindo da terra. Detalhe: a canção que o grupo tocava era lenta e totalmente desconhecida do grande público. Em resumo: não tinha motivo para a histeria musical.
Pasmos, ficamos olhando para a fã que, imediatamente, vira para nós e diz:
- Relaxa! A viagem é só minha!
Toma papudo! Ela nem se importou para a opinão das 10 mil pessoas presentes, incluindo a nossa. Embarcou numa lembrança só dela e que a fazia muito feliz. É isso: cada um tem o seu momento. Àquele que nos faz sorrir, nos faz chorar e nos arrepia. Pode ser no carro, num show, no chuveiro, pela tarde ou pela noite. Descubra os teus momentos e os viva. E se alguém te olhar estranho, já sabe o que dizer:
- Relaxa! A viagem é só minha!
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