graffiti do bem

As obras do grafiteiro Gustavo “Nénão” ganharam o mundo.  Os desenhos possuem uma técnica e identidade próprias e, por isso, estão espalhados por mais de dez países. Mas para ele, o graffiti é muito mais que uma paixão. É uma forma de manifesto, seja cultural, artístico e, principalmente, social. Hoje, o publicitário possui projetos ligados a cidadania e direitos humanos.

“A arte, de modo geral, abrange muita gente, com faixa etária e pensamentos diferentes. O trabalho com graffiti é interessante por que ele estimula sua visão e te permite lapidar uma expressão, uma maneira de enxergar. É uma forma de linguagem que nos incentiva a ir além da fala, escrita ou do olhar, o que gera uma reflexão que fica provada nos trabalhos, cada um com uma essência própria”, afirma "Nénão", que trabalha com arte de rua desde 1994. Ele é embaixador da Casa Ronald McDonald Campinas. As obras contribuem com a arrecadação de recursos para a instituição que hospeda, gratuitamente, crianças e acompanhantes durante o tratamento contra o câncer, oferecendo alimentação, transporte e apoio social. 

Jardins de les Tres Xemeneies - Barcelona

Pelo projeto Grafitti na Escola, que tem como objetivo incluir os temas abordados no ensino de jovens e adultos,  recebeu o prêmio Anamatra de Direitos Humanos 2016, na Categoria TJC (Trabalho, Justiça e Cidadania). Em 2015, nos Estados Unidos, a convite da primeira-dama norte americana, Michele Obama, foi o único artista brasileiro, e da América Latina, entre os 37 selecionados, a integrar o WAT-AAH! Taking Back the Streets. A campanha visava combater a obesidade infantil na terra do Tio Sam.  “A arte é um exercício intuitivo para uma nova forma de perceber o mundo. Nós, artistas, exercemos também uma função social, pois percebemos a arte como uma linguagem que ultrapassa a função da comunicação simples e pura, levando ideias, sentimentos e buscando a humanização”, finaliza.

Informações:

www.gustavonenao.com