por adriano cescani
Eu li uma
frase que me fez rir muito: “fácil é matar um leão por dia, difícil é desviar
das antas”! Entenda por “antas” as pessoas que, de uma maneira ampla, tiram a
nossa tão sensível e quase escassa paciência. Às vezes tenho a impressão – e
rezo para que essa sensação não seja verídica – que o mundo tem mais gente
anti-social ou exageradamente sociável do que equilibrada.
É o síndico
do prédio um senhor ranzinza. É o caixa da padaria que sempre quer te dar balas
ao invés de moedas como troco e faz cara feia quando reclamamos. É a faxineira
da academia que fica limpando o aparelho que estamos usando. É o colega azedo
de trabalho. É o gerente do banco mal-humorado. É a fofoqueira do pilates. É o
esnobe do chefe. É o motorista que nos corta no trânsito. É o primo invejoso. É
o amigo que posta nas redes sociais o que está fazendo a cada minuto como se
fosse o mais feliz do mundo… Bem, eu poderia passar horas, literalmente,
listando comportamentos que nos deixam, no mínimo, incomodados e com cara de
“Ai Meu Deus”.
E é tanta
energia ruim que absorvemos durante um único dia que nossa alma é invadida pela
bactéria da tolerância zero. Inconscientemente não agüentamos tanta pressão e,
do nada, passamos a criticar todos e tudo. Ou seja, entramos na onda que não
queremos surfar. Baixamos o pau, sem critérios, como forma de desestressar – ou
de falar mal mesmo. Só que não nos damos conta de quanto isso não é legal nem
benéfico para saúde. Com o passar do tempo percebi que essa terapia do “soltar
o verbo” era equivocada e que o resultado era contrário ao que esperava. Eu não
ficava mais leve com tal atitude pequena. Não gostava mais que quem eu era.
Decidi,
então, controlar minha mente para não criticar por criticar ninguém nem nada.
Se a pessoa age de tal maneira, problema é dela! Tenho que confessar que é um
exercício diário de muita boa vontade e dedicação. Não é fácil passar por um
cidadão desagradável e abstrair, como se morássemos na terra dos Smurfs – onde
todos se amam de paixão, se respeitam e são amigos.
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Adriano, morrriiii com esta. Muito bom. E tem outra: "Se é pra pisar, pise nas uvas. Ao menos, rende um vinho."
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ResponderExcluirAdriano, morrriiii com esta. Muito bom. E tem outra: "Se é pra pisar, pise nas uvas. Ao menos, rende um vinho."
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