O vinho é excelente para ser
apreciado entre amigos e pessoas especiais, não é mesmo? E o consumo
equilibrado da bebida de Baco traz, ainda, benefícios para a saúde como diminuição
da pressão arterial, por relaxar os vasos sanguíneos, redução do risco de
problemas cardíacos, aumento do colesterol bom, combate do colesterol ruim,
entre outros. Mas por se tratar da uva, uma fruta delicada e sensível ao clima,
o cultivo, em sua maioria, ainda depende de produtos agroquímicos para que se
tenha uma boa safra, longe de pragas e possíveis danos à produção.
Eu disse em sua maioria,
prestem atenção. Na pequena localidade de Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha, a
Vinícola Don Giovanni está trabalhando há três anos, e de forma gradual, com o
manejo biodinâmico. Na prática significa que parte dos parreirais não leva
qualquer tipo de químicos ou pesticidas. "A Don Giovanni trabalha com
cultivo de uvas desde os anos 50.
A empresa vinha aplicando nos seus vinhedos, sistemas
convencionais de controle de pragas e doenças nas plantas. Em 2012, apostamos
em novos desafios, voltando cada vez mais nosso olhar à sustentabilidade",
explica o diretor da vinícola, Daniel Panizzi.
As mudanças começaram com as
ações contínuas do conhecido TPC (Termal PestControl), equipamento que lança
jatos de ar quente nos vinhedos, provocando estresse e aumentando a resistência
e defesas da planta. Os bons resultados vieram, mas era preciso fazer mais para
alcançar o objetivo: ser, de fato, sustentável. Então, restauraram a energia e
o equilíbrio do ecossistema. No entorno dos vinhedos, são cultivadas flores, como rosas e margaridas, e
plantas que servem como defensivos naturais.
O solo, por sua vez, é
tratado com plantas medicinais. Entre elas, a urtiga, para combater pulgão. Já
a cavalinha evita fungos e o mil-folhas potencializa o potássio e o enxofre. O trevo-branco
serve para auxiliar as plantas a fixarem nitrogênio naturalmente e azevém e
aveia-preta, que funcionam como adubo ao solo. "Podemos perceber uma maior
vitalidade na vinha, mais vida no ecossistema e uvas com mais sabor e
profundidade. Sabemos que o caminho é longo e árduo, mas seguimos com muita
observação, paciência e sensibilidade, para atingir o equilíbrio máximo entre a
terra, a planta, de forma sustentável e qualitativa", explica Maciel
Ampese, enólogo da Don Giovanni.
A empresa estima que num
prazo médio de cinco anos, seja possível concluir, a transição dos 14 hectares de
vinhedos. Hoje, a Don Giovanni tem uma produção de 120 mil garrafas ano.
Informações:
www.dongiovanni.com.br
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