sexta-feira, 24 de junho de 2011

coração vazio...

Todo mundo já pegou uma bicicleta para andar e lá estava ele vazio, o pneu! A única maneira de não murchar a nossa volta de bike era procurar uma bomba para encher o “querido”. Feito isso, pronto, hora de curtir o vento na cara durante o passeio.
 
Assim funciona o nosso coração. Quando menos percebemos lá está ele, vazio. Não nos emocionamos ao ouvir àquela música, não nos empolgamos com ninguém, não sentimos saudades de momentos nem de pessoas e também não ficamos com “ele” apertado, nem de tristeza nem de nada! Vazio.
 
Sabe o que isso quer dizer? Nada! Simplesmente significa que estamos vivendo o presente. Um dia de cada vez, esperando o que a vida vai nos oferecer. A única preocupação: ser feliz apenas hoje. Amanhã é outra história. E acredite: é bom porque superamos mais leve o atual ciclo e ficamos mais fortes para o próximo.  
 
Pensa comigo! Se vivêssemos o passado ficaríamos tristes ao recordarmos lembranças com algum amado ou amada ou mesmo uma situação vivida. O coração ficaria cheio de tristeza. Não falo da boa nostalgia, viu? Se vivêssemos o futuro, a ansiedade nos consumiria. Coração cheio de angústia. Será que a pessoa vai me amar, será que vou trocar de emprego, será, será???
 
A bicicleta não deixa de ser uma bicicleta com o pneu vazio. Assim é com a gente. Não deixamos de ser pessoas com capacidade de amar por estarmos com o coração momentaneamente vazio. Logo o enchemos e estamos prontos para curtir o vento na cara durante um passeio, durante dois passeios, durante três passeios...
 

domingo, 19 de junho de 2011

em breve aqui novo empreendimento!


Vocês já se deram conta que todos nós temos um pouco de aptidão para arquitetura e engenharia? Sim, me refiro a ti mesmo que é médico, secretária, jornalista, advogado, dentista e ou qualquer outra profissão. Oh! Já aviso àqueles sindicalistas de plantão que não venham querer nosso registro porque não temos e nem pensem em nos multar por exercer a profissão de forma irregular. Somos arquitetos e engenheiros por natureza. 

Na construção da vida, o nosso maior e mais ousado projeto, usamos a sensibilidade e o bom gosto do arquiteto. Na planta baixa, planejamos uma base sólida, com família, amigos e um relacionamento estável. Na planta alta buscamos um trabalho bacana, uma casa linda e àquele carrão na garagem. Nos planos de ser feliz, não poderia faltar a decoração. O lazer, a diversão e as viagens dão um colorido e um acabamento interno todo especial na gente.

Mas infelizmente, às vezes, deixamos o lado frio e calculista do engenheiro tomar conta da nossa personalidade quando menos percebemos. Num erro de cálculo, que pode ser um gesto, uma palavra, uma fraqueza, tudo vem abaixo. Conseguimos destruir o que projetamos e demoramos tempo para erguer. O pior é quando permitimos que outro engenheiro coloque abaixo “a nossa construção”. Sonhos e desejos que somem com a poeira de uma implosão. Ficamos tristes quando vemos tudo o que planejamos ficar perdido em uma nuvem cinza e debaixo de entulhos.

E quando nossos projetos são destruídos, não há muito o que fazer. O negócio é colocar os tapumes com os seguintes dizeres: em breve aqui novo empreendimento. Hora de começar tudo de novo.