segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sonhar pode custar a felicidade

O papo de hoje é sonhar! Não vou escrever sobre o que acontece conosco quando dormimos e, sim, sobre àquelas "coisas" que mais queremos no mundo! Há quem diga que sonhar é uma maneira de nos tornarmos vivos. Já Fernando Pessoa escreveu que "o homem é do tamanho do seu sonho"! E vou adiante: quem nunca escutou que "o sonho alimenta a alma" ou que "sonhar não custa nada"? Parece mesmo que a sociedade faz a gente acreditar que o importante é ter "doces devaneios"!

Esses dias um amigo me perguntou qual era o meu sonho - ou quais os meus "doces devaneios"! Imediatamente fiquei a observá-lo, em silêncio! Foquei para o teto, desviando o olhar para mesa. Em seguida balbuciei:

- Hammm!!

Mas, de repente, falo:

- Eu não tenho sonhos.

Ele ficou surpreso. Na verdade, bem decepcionado com o que ouviu. Parece, num primeiro momento, uma resposta um tanto quanto triste e desanimadora. Mas, se me acompanharem no raciocínio, verão que não estou nem um pouco deprimido. É, apenas, uma maneira menos sofredora, mais palpável e mais confortante de levar a vida.

Sempre fui um sonhador, desde pequeno! Já na infância queria ser um profissional de sucesso e rico, com haras, carros de todos os tipos e casas em vários cantos do Planeta. Com o tempo, já no mercado de trabalho, no mundo real, percebi que os meus sonhos tinham um preço muito alto (dedicação de 24h ao trabalho, ser "político com as pessoas" - não sendo eu mesmo-,  abandonar o convívio famíliar e amigos, engolir sapos e brejos inteiros, enfim, largar as coisas simples que gosto tanto)! Mas, se fosse só isso, ok! O que muita gente não se dá conta é que tem ainda o fator "bumbum-pra-lua"! É um conjunto que vai definir o rumo da tua vida e não apenas o que almejamos.

A vida é cheia de "nãos" e "poréns"! Esbarramos milhares de vezes neles. Infelizmente, a vida é assim. Com o tempo vi que sonhar pode nos fazer sofrer. O sonho pode alimentar as nossas frustrações. O sonho pode nos fazer pensar que não demos certo neste plano. Tudo bem, sonhar é de graça, mas pode nos machucar feio.

Por isso troquei os "doces devaneios" por desejos. Desejos concretos que posso realizar. Não nasci em berço de ouro, mas tenho uma profissão, gosto do que faço e me dedico muito para crescer nela. Hoje, aos 35 anos, desejo muita coisa. Desejo saúde, um dia de trabalho legal, um fim de semana divertido, uma casa maior, uma viagem de férias "supimpa" e por aí vai! O resto é lucro!

Se eu fosse levar a sério àquelas frases lá do primeiro parágrafo, bah, eu tava morto, era um anão de jardim e minha alma era esfomeada! Sonhar, realmente, não custa nada! Mas vejo que pode custar a felicidade! Estou preferindo "comprar" projetos de vida que possa "pagá-los", ou melhor, torná-los realidade! Afinal, quero ser feliz agora e não viver com a possibilidade de ser feliz amanhã.

Talvez eu tenha um cavalo, mas não está nos meus desejos atuais.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

a vida tem média 5!


Esses dias eu estava assistindo a uma entrevista do ator Rodrigo Lombardi no Programa Marilia Gabriela Entrevista, do GNT. Gosto muito dele. Acho um cara pé no chão e focado no trabalho. O “Raj”, de Caminho das Índias, ou para quem preferir o “Herculano”, do remake O Astro - ambas novelas da TV Globo-, não aparenta ser do tipo deslumbrado com a fama. Nesse bate-papo com a Gabi, ele disse uma frase que achei muito coerente e que me fez refletir.

- A vida tem média 5!

O galã global disse, ao despejar esse soco no estômago de muita gente que acredita em borboletas na janela do quarto todas as manhãs, que a vida é mediana, sim! E mais: nós somos responsáveis pelos picos de muita ou pouca felicidade em nossa trajetória. De fato! Se pararmos para pensar, o nosso dia-dia é bem mais ou menos, não é mesmo?

Pensem comigo: ir no banco, na farmácia, no médico, no supermercado, trabalhar, pegar ônibus, trem, abastecer o carro, limpar a casa, descer o lixo, pagar contas, blá, blá, blá, não é nada glamouroso.  Todas essas obrigações diárias consomem a maior parte do nosso tempo. As poucas horas que sobram, quando não estamos exaustos com os deveres, temos que buscar programas que nos façam bem para que essa média 5 suba para 6, 7, 8, 9 ou até mesmo 10. Caso contrário, se desperdiçarmos nosso rico e precioso tempo, podemos ficar em recuperação! Daí, meu amigo, terapia pra ti.

Por isso: a dica é se dedicar. Como no colégio, a vida também tem suas disciplinas. Na instituição de ensino, geografia, matemática, português, história, biologia e física fazem parte do currículo. Na escola da vida, temos que lidar com trabalho, amor, amizade, saúde mental, saúde espiritual e saúde física. Vocês se deram conta de quantas áreas temos que administrar ao mesmo tempo? É ou não é como no colégio? Precisamos nos sair bem em todas essas áreas para que a média final seja muito boa.

Não basta trabalhar, namorar, fazer uma atividade física, ir no cinema ou festa! É preciso se sair bem no trabalho, ser criativo no namoro ou casamento, ter uma boa freqüência na academia e cultivar amigos, sem falar que é necessário cuidar da espiritualidade e da mente. Esse conjunto de “coisas”, mais o lazer – ver um bom filme no cinema, ir numa boa peça de teatro ou ler um bom livro, é que nos dão a sensação de missão cumprida. E de cansaço também, já que gastamos muita energia nessa “função” toda.

Quando termino meu dia, faço um balanço. Vejo o que deu certo e o que não saiu como eu queria. E ainda: o que eu fiz de diferente para deixá-lo acima dos 5. É bem verdade que, como no colégio, tenho momentos que “deixo de estudar” para, mais adiante, recuperar a nota. Mas daí, é do ser humano, não se pode tirar 10 sempre, não é mesmo?




sexta-feira, 1 de junho de 2012

tu ficas melhor pra ti e pior para os outros

"Somos como vinho: quanto mais velho, melhor". Cresci ouvindo essa frase. Aliás, eu e toda a torcida do Flamengo e do Internacional juntas. E é verdade verdadeira. Sinto-me mais completo, mais bonito, mais interessante hoje, aos 35 anos, do que aos 21. E não é demagogia.

Agora, vou largar no ventilador a releitura mais moderna da ideia lá de cima que um amigo meu me falou durante um almoço: "Com o tempo, tu ficas melhor pra ti e pior para os outros"! Outra verdade verdadeira.

No começo da vida queremos agradar a todos. Fazemos coisas que nem estamos a fim só para o bem do próximo. Ok! É um gesto nobre que precisamos fazer. Sacrificamos-nos para a felicidade alheia. Normalmente, depois do crime contra nós mesmos largamos a clássica:

- Ah! Eu tinha que ir. O fulano queria tanto a minha presença.

Quando ficamos mais maduros, a situação muda! Pensamos mais no nosso bem estar e no que nos vai fazer feliz! Azar do outro se não gostar. O importante é a gente ficar bem.

Não é egoísmo, viu? É se respeitar e ser feliz. Só que nessa realidade, "um" outro é que vai acabar levando a pior! Mas vamos combinar: antes ele do que eu, né?




Um brinde à felicidade!!!