quarta-feira, 29 de novembro de 2017

o pequeno cusquinho

Esse é o segundo post, de uma série, sobre adoção animal. O que muda na rotina, em nós e na forma de ver o mundo.

ERAM ONZE HORAS de um domingo ensolarado. O telefone de casa toca. Ainda sonolento, ouço minha mãe, muito chorosa e nervosa, dizendo que a vó, de 87 anos, não passava bem. Imediatamente, me dirijo para a residência onde guardo recordações de inesquecíveis natais, almoços em família, aniversários e tarde divertidas na infância. Pouco depois do meio-dia, a mais triste de todas as notícias chegou.

Dona Wanda partiu inesperadamente, apesar da idade avançada e da saúde debilitada. Nos deixou de um dia para o outro. Restam lindas lembranças, ensinamentos, bons exemplos e saudades. Mas estas não são as únicas coisas que ela nos deixou não. Entre suas paixões que, agora, estariam sob nossa responsabilidade, elegantes toalhas de mesa bordadas e engomadas caprichosamente, e um cãozinho, o Kiko, o seu último fiel e alegre companheiro.

Sim! O Kiko. Àquele cusquinho branco com machas escuras de semanas, achado com seus irmãozinhos num valão de Porto Alegre, iria resgatar a alegria da mãe da minha mãe perdida no segundo luto matrimonial. E, ela, por sua vez, resgataria a alegria e a confiança no mundo que ele talvez nem tivesse tido a oportunidade de conhecer, pois já nascera no abandono e na marginalidade de muitos cãozinhos.

Mas que bom que existem finais felizes. O destino quis que eles se cuidassem. E os dois se cuidaram. Era lindo de ver. E sou suspeito em falar, mas o Kiko é um dos cachorros mais meigos e carinhosos que conheci. E medroso também. Até a própria sombra o assusta. Ok. Isso também é charmoso.   

Ele cresceu rodeado de carinho. O Kiko foi o primeiro cãozinho, depois de muito tempo, da nossa família. Meus avós até tiveram outros, mas numa época que cão era apenas o bicho de estimação que ficava no pátio. Lembro-me do Dick, do Milk e do Shake (Sim, dois cãezinhos amigos que viveram na mesma época. E não era mera consciência com Milkshake). O “Kiquinho”, carinhosamente chamado, ao contrário dos anteriores, tinha acesso livre pela casa.

Tal relação de amor dava na minha vó, e em nós, uma insegurança. E se ela partisse antes? Qual seria o destino dele? Embora minha mãe adorasse a ideia, não poderia assumir o quarto cãozinho. Sim! Hoje, o Bono, a Aisha e a Pepita (do meu irmão), três lhasa-apso, vivem com ela.

Vocês se lembram do primeiro post, quando eu escrevi que esperava a hora certa de um animalzinho entrar na minha vida? Cumpri com a promessa feita a minha vó ainda em vida. Que, se alguma coisa acontecesse com ela, o Kiko ficaria comigo. O momento certo viria num dia triste da minha vida. E isso eu já sabia.  

Na quarta-feira que vem, dia 06 de dezembro, o começa das nossas novas vidas. A minha e a dele. 

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

todos

O Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, criado pela Organização das Nações Unidas em outubro de 1992, é comemorado no próximo três de dezembro. A data
tem como objetivo conscientizar a sociedade para a igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.

A acessibilidade ainda é um tema ainda pouco difundido, apesar de sua inegável relevância. Deveria fazer parte da nossa sociedade, como em espaços público e privados, transportes, informação e por aí afora. O historiador com baixa visão Felipe Mianes viaja por várias cidades do Brasil e exterior em busca de resposta a uma pergunta: o que é acessibilidade?

Essa trajetória é o ponto de partida do documentário Todos, com direção de Luiz Alberto Cassol e Marilaine Castro da Costa e produção da Accorde Filmes. O longa-metragem de 80 minutos, revela caminhos acessíveis e outros com muitas barreiras apresentando o que pessoas com e sem deficiência pensam sobre temas como diversidade humana, educação inclusiva, cultura e tecnologias.

Após a participação no FESTin em Lisboa, onde recebeu Menção Honrosa, e no Festival de Cinema de Gramado, entre outros, Todos entra em cartaz, em Porto Alegre, a partir de 1º de dezembro, com sessões às 19h15min, na Cinemateca Paulo Amorim, Sala Eduardo Hirtz, na Casa de Cultura Mario Quintana.

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

o Kiko chegou!

 Esse é o primeiro post, de uma série, sobre adoção animal. O que muda na rotina, em nós e na forma de ver o mundo.

SEMPRE GOSTEI de animais. Quando criança, nossa casa era repleta deles. Tínhamos passarinhos, gatos, cachorros e, acreditem, até tartaruga. O que me dá uma linda recordação de cada um. Como esquecer o colorido dos dois casais de periquitos, das sapequices do felino Chuvisco, do carinho e cuidado da Sasha, um pastor alemão fêmea que era dois anos mais velha que eu? 

Na adolescência, já em um apartamento, criamos peixinhos. Menos interativos, mas não menos cheios de personalidade, os Bettas nos deixaram histórias engraçadas. O mais marcante foi o Saraiva, que adorava pular para fora do aquário, para nosso desespero. 

Daí, eu cresci e decidi morar sozinho. Desbravar o mundo ou, pelo menos, a minha nova vida. Recém formado jornalista, queria trabalhar, festear, sair com amigos, namorar, viajar...Naquela fase independente só conseguia cuidar de mim. E de mais nada nem ninguém.

A vontade de voltar a ter um bichinho de estimação sempre existiu. Mas, como bom virginiano, isso só aconteceria depois de muita reflexão e a certeza de que a hora havia chegado. Por vezes, até titubiei. E recuei em todas. 

Os anos se passaram. Muita água passou por debaixo da minha ponte. Vi meus pais, meu irmão, minha avó, meus amigos, meus vizinhos, todos, conviverem harmoniosamente com bichanos afetuosos no lar. E eu lá, louco para ter um. Mas quem dizia que a hora tinha chegado?

No fundo, eu sabia o momento certo que tudo aconteceria. Afinal de contas, comigo, sempre foi assim. E acho que sempre será. Não me enganei. Hoje, o Kiko, esse fofo viralatinha com cara de Fox Paulistinha e jeitão de Galgo, entrou na minha rotina de supetão. Ok! No fundo, eu sabia que seria assim. No fundo, eu já esperava. E, na real, valeu a espera.

Na semana que vem, eu conto como o Kiko veio morar comigo. E nas próximas semanas, o que ele trouxe para mim e como nossa vida muda, deliciosamente, de cabeça para baixo.


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

retratos de felicidade

Audrey Hepburn
Qual o teu conceito de felicidade? O fato é que não existe uma unanimidade sobre o assunto e cada pessoa possui uma fórmula para ser feliz. Mas o artista plástico mineiro Maurício Porto decidiu montar uma exposição inspirada no tema, bem-estar e alto astral.

Na mostra Hapiness, em cartaz no Hotel Sheraton Porto Alegre, ele apresenta pinturas que mesclam elementos da natureza combinados a personalidades icônicas da música e do cinema. Ao lado de Carmen Miranda, ostentando flores, pássaros e as famosas bananas em seus turbantes, está a elegância da atriz Audrey Hepburn, mostrada de perfil contemplando um beija-flor, com fundo azul característico da loja Tiffany de Nova Iorque, cenário do mais famoso filme da estrela hollywoodiana, Breakfast at Tiffany’s (Bonequinha de Luxo).

Carmen Miranda
As cantoras Madonna e Rita Lee também são destaques. A primeira foi retratada de forma exuberante e sensual, enquanto que a roqueira brasileira ganhou flores psicodélicas juntamente ao seu rosto, ostentando os conhecidos óculos redondos. Uma tela com a imagem de Buda complementa a sequência Happines que, segundo o artista, busca traduzir a sensação de um suspiro meditativo, em meio a um mundo turbulento.

Maurício Porto, nascido em Minas Gerais em 1964, é graduado em Publicidade no Rio de Janeiro. Já morou em Nova Iorque, onde participou de diversas exposições. Reside em Porto Alegre desde 2005, expondo seu trabalho e exercendo as atividades de publicitário. Em 2016, homenageou Carmen Miranda com a mostra The Brazilian Bombshell, que esteve em cartaz na Casa de Cultura Mario Quintana. Seu trabalho tem influências da Pop Art, misturada com elementos da cultura brasileira, com forte apelo tropical.


Com entrada franca, a exposição é uma promoção do hotel e da galeria Davera. O publico pode visitar as obras até o dia 30 de novembro. 

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

natal sobre trilhos

O final de ano é uma época mágica. Isso porque as festas deste período mexem com o nosso emocional, não é mesmo? O mais legal é que existem, por aí, diversos espetáculos prontos para nos encantar e emocionar.

Em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, estreia amanhã, dia 18 de novembro, o Natal Sobre Trilhos. Personagens lúdicos, performances artísticas, fogos de artifício, decoração temática e um show musical tomarão conta dos vagões do tradicional trem Maria Fumaça.

A experiência de viver a magia do Natal nos trilhos será conduzida pelo “Povo do Trem”, cinco personagens que irão envolver os visitantes através de interações artísticas cultivando a origem e mantendo viva uma das histórias mais celebradas ao redor do mundo. Ao final do trajeto, na última estação, um show emocionante recepciona os visitantes despertando o verdadeiro espírito natalino. Durante o percurso, de quase duas horas, o passageiro ainda poderá degustar tábuas de frios, vinho, espumante e suco de uva.

O local de saída é da Estação Férrea de Bento Gonçalves. Os ingressos custam R$ 169 por pessoa e a atração acontece nos dias 18 e 25 de novembro e 2, 9 e 16 de dezembro a partir das 18h45min.

Informações:
(54) 3455.2788


terça-feira, 14 de novembro de 2017

a arte de ser infeliz

Como tornar a vida mais interessante? Como deixá-la mais leve? É possível combater a infelicidade nossa de cada dia? As respostas destas e de outras perguntas sobre uma trajetória mais plena estarão no livro A Arte de Ser Infeliz - Desarmando armadilhas emocionais, o primeiro do psiquiatra Nelio Tombini.

Nelio Tombini
O livro é fruto de anos de trabalho e dedicação para entender e combater a infelicidade. “A intenção deste livro é uma só: oferecer ao leitor caminhos para entender um pouco do nosso intrincado e complexo inconsciente (ou psique). Desenvolvendo essas percepções, provavelmente teremos mais possibilidades de não cairmos nas armadilhas emocionais, criadas por nós ou pelos outros”, afirma Tombini. De acordo com ele, na medida em que entramos, por opção ou conivência, nessas armadilhas, vamos complicando nossa vida, tornando-a difícil, a ponto de não aproveitá-la. “Algumas pessoas vão trilhando esse caminho pedregoso e se tornam experts na construção do sofrimento, fazendo-se especialistas no que chamo de a arte de ser infeliz”, conclui Nelio. Após ler os 50 capítulos do livro, o autor garante que muitos poderão tornar a vida mais interessante.

 No dia 16 de novembro, próxima quinta-feira, o psiquiatra fará o lançamento da publicação no Café do Porto  (Rua Padre Chagas, nº 293, Moinhos de Vento, em Porto Alegre), às 19h30, com um bate-papo. Logo após, será realizada uma sessão de autógrafos. O preço sugerido do livro é de R$ 49,00.

Informações:



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Intercâmbio para adultos

Vira e mexe eu escrevo sobre viagens aqui no blog. Até porque não tem coisa mais revigorante que colocar o pé na estrada, nem que sejam por alguns poucos dias. E sabem outra coisa que também é muito legal? Planejar o próximo destino. Melhor, ainda, se for num café e entre pessoas queridas. 

Pensando nisso, a CI – Intercâmbio e Viagens quer propor um encontro bem legal no próximo dia 23 de novembro, às 19h, no Café do Porto, em Porto Alegre. Ana Flora Bestetti, Supervisora da CI na Região Sul, vai desmistificar a ideia de que programas de intercâmbio são apenas para jovens. “Há muitas opções de intercâmbio para adultos acima dos 25 anos, de instituições de ensino, de trabalhos e destinos”, afirma Ana Flora, que coleciona carimbos de diversos países em seu passaporte e uma vasta experiência em cursos no exterior e até trabalho voluntário na África do Sul.

No bate-papo comandado por ela será possível descobrir quais os principais destinos na atualidade, os melhores programas para quem deseja estudar um idioma fora do país, além das principais oportunidades para quem deseja conciliar trabalho e estudo em outro país. “Seja para fazer uma graduação, uma pós-graduação, um MBA ou um Mestrado em outro país, o intercâmbio é uma excelente oportunidade de dar um upgrade no futuro acadêmico e profissional”, conclui Ana.

Com entrada franca, o happy hour ocorre na Rua Padre Chagas, 293, Moinhos de Vento, e promete ter bons cafés, drinks, petiscos e, claro, um bom papo. 

Informações e confirmação: 
(51) 3346-4654 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

bom para a saúde

O cacau é conhecido pelos inúmeros benefícios que traz para a nossa saúde. O fruto, principal ingrediente do chocolate, tem fibras, vitaminas do complexo B, vitamina C e sais minerais como fósforo, potássio, cálcio, zinco e magnésio.


É bom, ainda, no tratamento e controle de ataques cardíacos e hipertensão, segundo pesquisas da Universidade de Linkoping, na Suécia. Catequinas e procianidinas, antioxidantes encontrados no cacau, seriam as responsáveis por inibir uma enzima conhecida por elevar a pressão arterial e desencadear quadros cardiovasculares.

Agora, o cacau in natura já pode ser encontrado no mix da rede Zaffari e Bourbon. Caracterizada pelo seu sabor tropical e exótico, possui polpa clara e adocicada, que deve ser separada de suas pequenas sementes para consumo. A polpa pode ser utilizada para a produção de sucos, geleias e doces, enquanto que as sementes são ricas em antioxidantes, e podem ser torradas. 

O produto é proveniente de plantações do Espírito Santo. 

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

arte e sustentabilidade

Arte e sustentabilidade  motivaram as artistas  Isandria Fermiano e Renata Nascimento, da Cia Palma, a desenvolverem um projeto muito bacana: o Pé de Vela. Até dezembro, elas vão pedalar por setes cidades do Rio Grande do Sul levando várias atividades gratuitas para as comunidades. 

"Pé de Vela é um projeto que surge para semear qualidade de vida, promover a mobilidade urbana e compartilhar experiências artísticas", afirma Isandria. No último dia 30 de outubro, elas saíram de Esteio pedalando até Ivoti, onde ficarão até sábado, dia cinco de novembro. De lá, seguem para São Sebastião do Caí, Montenegro, Estrela, Taquari, Triunfo e retornam a Esteio, cidade natal da Renata. A dupla irá ficar uma semana em cada município, apresentando o espetáculo Pé de Vela e oficinas de malabarismo e teatro, feira de troca-troca de sementes crioulas e passeios de "magrela". 


Este projeto é fruto da vivência delas com a arte de rua, uma viagem de bicicleta e o diálogo com as dinâmicas do sistema agroflorestal. "Em momentos distintos experimentamos estas vivências e agora através do Prêmio Empreendedor Cultural - 3ª Edição resolvemos pôr em prática uma ideia que vem se desenvolvendo há algum tempo", conclui Renata. 

Informações: 

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

faça sol ou chuva

O tapete faz toda a diferença em um ambiente, não é mesmo? Inclusive nos externos. Aham! A Império Persa Home Design desenvolveu uma tapeçaria que pode pegar sol, chuva, sereno e ficar pertinho da piscina. E, ainda, continuar linda! 

Essa novidade está no espaço da marca na Mostra Elite Design, que ocorre até o dia 30 de novembro, no Clube de Regatas Guaíba. De acordo com Pedram Zaman, diretor de marketing da empresa, o toque é idêntico ao de algodão ou lã. E são tão bonitos quantos os tapetes para uso interno. Outros exemplares, com a mesma tecnologia, estarão presentes nos ambientes do evento de decoração dos arquitetos Graça Brenner e Carlos Lemos.

A Império Persa Home Design é uma das empresas pioneiras na comercialização de tapetes persas e orientais. Vale destacar que boa parte das opções disponíveis na loja são confeccionadas artesanalmente, apresentando técnicas de tingimento seculares.

Informações:
www.imperiopersa.com.br