terça-feira, 28 de dezembro de 2010

rolou dúvida, nem pensar!

Não adianta vir cantar de galo e dizer que é a pessoa mais segura da face da Terra. Todos nós, em certos momentos, ficamos indecisos. É natural! Ao longo da vida precisamos fazer escolhas. E o passo, nem sempre, é dado com total firmeza. Mas assim escrevemos nossa história.

Sabias que a dúvida é uma das causas de sofrimento? O “levo ou não levo”, “fico ou não fico”, “compro ou não compro” pode tirar o sono, o apetite e nos deixar irritado. Sintomas que só nos causam mais estresse.

Atire a primeira pedra quem nunca ficou “cabreiro” com a roupa que estava experimentando numa loja. Do tipo, paquerar uma camiseta por 15 minutos, pedir opinião para o vendedor, o vizinho de cabine, a namorada do cara que estava esperando tu desocupares o provador e até ligar para a mãe! E aquela frase que balança o corpo inteiro:

- Meee ajjjuuuudaaa!!!!

Mesmo não convencido, e com uma pitada de desconfiança, tu adquires o modelo e o tira do guarda-roupa apenas uma vez em 12 meses.  Erro comum que se comete.

Viu? Tanto sofrimento em vão. Na prática tudo poderia ter resolvido rapidamente, como um cálculo simples, onde um mais um são dois. Por exemplo, curtiu de primeira o objeto desejado?  Ótimo, é esse mesmo. Achou soltinho aqui, apertadinho ali, curtinho acolá, não era bem o tom da cor, pronto, pega o espelho e vê o tamanho do biquinho que fazes com a boca. É sinal que não estás 100% seguro. Como diz uma amiga:

-  Rolou dúvida, nem pensar!

Não pensa, viu? Esquece porque não vai rolar !!!


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

simplesmente atacado

ATACADO! Dessa maneira acordei dias atrás. E não aconteceu nada para eu ficar assim. A noite anterior tinha sito ótima e o sono da madrugada tranqüilo. Pela manhã, inclusive, meu pé esquerdo saiu simultaneamente com o direito da cama.

Mantive normalmente a rotina, mas sabia que um “bichinho do ram-ram” percorria meu sangue. Pressa, suave irritabilidade, falta de foco, disperso eram meus sintomas! Realmente ATACADO! Aos hipocondríacos, aviso, a saúde está ótima.

Importante destacar que esses dias são completamente diferentes dos que estamos de mau humor, onde tudo dá errado e as notícias ruins chegam de cavalo. O que é muito comum, quando se fica ATACADO, é pular para o IRRITADO. É aí que mora o perigo. Há uma confusão de sentimentos: muitas pessoas amanhecem atacadas e dizem que o mundo está conspirando contra elas. Pronto, a maionese desandou! O mau humor impera no corpo e se espalha pelo ar.

Com base nessa informação, sabia que mesmo ATACADO não precisava me estressar, pois não existia razão para ficar IRRITADO. Eram apenas algumas horas de incômodo “branco”, sem mal algum. Levei tudo e todos na boa e deixei que o “bichinho do ram-ram” saísse do corpo naturalmente, como o suor!  E aconteceu.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

egoísmo congestiona o trânsito

Bah! O trânsito de Porto Alegre está caótico. Existem muitos, muitos e muitos automóveis trafegando, as vias são estreitas e há sinaleiras em excesso. O que me espanta é que ainda espalham fiscalização eletrônica pela capital, como se conseguíssemos andar em alta velocidade. Somado a tudo isso estão os motoristas “manetas” ou, para quem fica ofendido, “os sem noção de espaço” – e com habilitação, o que é pior! É de chorar ouvindo a música “Oceano”, de Djvan, no som do carro.

Ok! Ninguém é obrigado a ser um Airton Senna, mas poderiam ser uma Lady Day. Digo isso, porque tem um fator  gravíssimo congestionando o racioncínio da humanidade: o egoísmo. Na direção, a única coisa que importa para as pessoas é o carro delas. Como canta Paula Toller, do Kid Abelha, "...os outros são os outros e só"!

Numa bela manhã, um belo engarrafamento brota do nada! E para ajudar, uma balzaquiana para o carro basicamente no meio da rua. Sim, ela poderia ter se posicionado bem ao lado do canteiro central, possibilitando que os outros passassem numa boa. Mas não, o egoísmo é muito maior que a solidaderiedade e a manutenção da civilização.

Ao tentar ultrapassar, meu espelho retrovisor encostou no dela. BOOOOMMM! Uma bomba explodiu e ela surtou. Educadamente abri meu vidro e disse:

- Calma! A senhora poderia aproximar seu carro para não congestionar o trânsito!

Nervosa, aos prantos, gritava:

- blál kudje kdeuhdakaidkxldo. Sai de casa mais cedo!!!

É prepotência do ser humano achar que pode mandar no outro. Sem falar que não é uma questão de atraso e, sim, de respeito ao próximo. Não temos o direito de atrapalhar a vida do cidadão, principalmente, em via pública. Naquele dia ficou claro para mim que NÃO preciso me estressar - e NÃO vou - com gente que NÃO sabe conviver em grupo. Descobri que pode ser muito mais interessante fazer trajetos novos e, de preferiência, amplos. Até hoje não me deparei com problemas desse tipo com essa minha nova postura. 

Ok! Mesmo as vias largam param! Paciênciaaaaaaaa!!!!
 

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ainda assim, feliz natal!

Blém blém blém! São os sinos natalinos se aproximando. Eu, particularmente, não entendo como as pessoas podem ficar tristes nesta época do ano e acham a noite 24 de dezembro melancólica. É preciso compreender que todo mundo passa, uns mais e outros menos, de forma consciente ou inconsciente, por um balanço emocional. É como se o planeta fosse envolvido por uma cortina de “o que você fez esse de bom nos últimos 365 dias?”.

Não confunda chateação e aborrecimento com introspecção. De fato, tristeza, daquelas de passar comprovante, de ter um motivo real e sério, é um grupo específico de pessoas que tem.

Dias atrás minha mãe me disse:
- Esse natal vai ser pra baixo. Não quero fazer muita função! Estou desanimada.

 Eu disse:
- Mãe, eu sei que tu estás triste, mas o natal não é para comemorar animadamente. É, sim, para unir a família, lembrar os bons momentos e fortificar o amor.  Mesmo tristes, não precisamos fazer da data um momento pesado, nublado. Afinal, estamos juntos!

O pinheirinho da minha família está menos brilhante esse ano. Uma das luzes que o iluminava se apagou em novembro. Meu avô Huberto, de 89 anos, não fará o tradicional “tim-tim” conosco à meia-noite, mas nem por isso, deixaremos de brindar as lições, o aprendizado e as histórias de vida que nos deixou.

Ainda assim, Feliz Natal!

Um dos natais da minha vida. Eu sou o lourinho entre minha mãe e minha avó.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

tudo pode melhorar!

Os dias que começam ruins e terminam pessimamente não são como feriados, que têm dia certo no ano para acontecer. Quando menos queremos, o tempo fecha e o temporal de imprevistos amargos cai em nossas cabeças! Logo soltamos àquela famosa frase: tudo pode piorar! É verdade, mas nem sempre a verdade é absoluta. Portanto, não dá para desanimar. Acredite, tudo pode melhorar, e muito! E nesse caso, meus amigos, podemos marcar no calendário.

No último final de semana, eu e uma amiga passamos o sábado juntos. Curtimos o sol, ouvimos música, nos refrescamos na piscina, caminhamos... Cumprimos uma agenda cheia de “coisas-que-estou-a fim-de-fazer”.

No meio da tarde ela me pergunta:

- Escuta, o que tu vai fazer hoje à noite?

Respondo imediatamente:

- Nada!

Determinamos, ali, que o terceiro turno do nosso sábado à noite seria especial. Para concretizar o desejo, planejamos uma jantinha. Mas daí, a ideia foi tomando corpo. E pensamos: por que não um jantar legal, com tudo o que temos direito? Como somos afinados e tudo vira motivo de celebração, preciso dizer que rolou um evento gastronômico regado a bom papo e boas risadas.

Cheguei em casa com certeza de que o dia foi ótimo e a noite maravilhosa! Junto com as pessoas que gostamos, focados naquele momento apenas – esquecendo dos problemas e das pendengas do cotidiano - e fazendo algo realmente prazeroso, não tenha dúvidas, tudo pode melhorar!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

a viagem é só minha

Dias atrás no trânsito, durante esperava a luz verde da sinaleira acender, ouvi uma música alta no carro ao lado. Percebi uma mulher de mais ou menos 40 anos dançando e cantarolando uma música da década de 80. Essa cena é muito comum e eu sou campeão de fazer do banco do motorista o palco e a direção e o painel a platéia. Cada louco com a sua mania.

Mas tal episódio matutino me fez relembrar uma história ótima.

Estava com alguns amigos nas cadeiras do Gigantinho curtindo o show do A-Ha (aliás, o último da banda em Porto Alegre). De repente uma moça levanta - sim, todos estavam sentados - e começa a se requebrar como uma minhoca saindo da terra. Detalhe: a canção que o grupo tocava era lenta e totalmente desconhecida do grande público. Em resumo: não tinha motivo para a histeria musical.

Pasmos, ficamos olhando para a fã que, imediatamente, vira para nós e diz:

- Relaxa! A viagem é só minha!

Toma papudo! Ela nem se importou para a opinão das 10 mil pessoas presentes, incluindo a nossa. Embarcou numa lembrança só dela e que a fazia muito feliz. É isso: cada um tem o seu momento. Àquele que nos faz sorrir, nos faz chorar e nos arrepia. Pode ser no carro, num show, no chuveiro, pela tarde ou pela noite. Descubra os teus momentos e os viva. E se alguém te olhar estranho, já sabe o que dizer:

- Relaxa! A viagem é só minha!

Será que alguém tem algum momento especial ouvindo o som dos caras aí?

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

o copo transborda

Eu gosto de seguir a receita do bem viver: alimentar-me de forma saudável, praticar exercícios, dormir oito horas por noite, cuidar da espiritualidade, frequentar análise para a mente não pirar, enfim, equilibrar o triângulo corpo-mente-alma. Ah! Cuido também do coração (e das duas maneiras)! Passo no pão àquela margarina famosa que é rica em ômega 3 e procuro amar para ser amado.

Não é uma tarefa fácil. Exige dedicação, paciência e força de vontade. Mas vale a pena, viu? No mundo de hoje, onde as pessoas andam cada vez mais egoístas, onde o mercado de trabalho é extremamente competitivo e o TUDO gira em torno do dinheiro, se não cuidarmos de nós mesmos, pronto, a máquina pifa!

Digo isso porque, há uns oito anos, o sinal vermelho do meu painel de controle acendeu. Estava tudo errado naquele momento na minha vida. Consegui, depois de muito tempo e com a ajuda do meu analista, dar a volta por cima.

Agora, é fato! Têm dias que o copo transborda e não há Dalai-Lama que se mantenha no "salto". Agimos como o personagem do Michael Douglas no filme 'Um Dia de Fúria". Metralhamos verbalmente quem estiver na nossa frente! Isso tem uma explicação: ao longo de um período - podem ser dias, semanas ou meses - vamos acumulando experiências e situações que nos fazem contar 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. Isso acontece mesmo quando estamos com os nossos chakras em dia, por incrível que pareça. E nada tem haver com rancor. São apenas sensações que armazenamos naturalmente em algum lugar no corpo. E tudo que entra, sai! 

Sem escapatória, eu aproveito a IRA e coloco para fora todo o incômodo que por dias, semanas ou meses ficaram guardados em mim. O bom é que retorno com a receita do bem viver já na manhã seguinte.

Quanto tempo levará para ele transbordar de novo?


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

sou jornalista, não psiquiatra!

Toca o telefone e tu atendes. É o teu querido-amigo-reclamão que quer alugar os teus ouvidos para ouvir o que tu tens a dizer sobre a nova "pegadinha" dele que não manda sinal há três dias. Tudo bem! Quem nunca fez isso atire a primeira pedra. O problema é quando TODAS as vezes que ele te procura é para DESABAFAR.

OK. Cada um de nós possui um cidadão desses na lista de contatos do celular. Até acredito que são espíritos do bem em busca de uma luz que os tire da situação melodramática em que estão. E pensando no pedacinho de terra no céu, acabamos emprestando os ombros para as lágrimas alheia.

A questão é que há pessoas - COMO EU - que atraem mais esse tipo de gente. Na pauta: crise de existência, problemas de saúde, frustrações dos relacionamentos, dificuldades do trabalho e por aí vai. Não me custava, até pouco tempo atrás, dar um apoio moral. Até gostava e me achava útil clarear as ideias dos "necessitados". Usava os meus oito anos de terapia com os outros.

Conversando com uma amiga numa noite ela me largar uma ótima:

- Para de dar ouvidos pra choradeira dos outros que isso baixa o teu astral. Pede desculpas para pessoa e diz: hoje não, por favor!

Percebi, então, que tais situações me desgastavam mesmo. Ajudava o próximo e quando chegava a minha vez, necaquetebiriba (traduzindo: não faziam o mesmo)! Também tenho minhas inquietações e tento trabalhá-las da melhor maneira possível.

De fato ela tem razão. Sou jornalista e não psiquiatra!

Sou eu aqui? Não, né? Então não sou o pai do psicanálise. 
E aí é o Freud, referência no assunto...


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

às vezes não dá!

Diariamente, pela manhã, faço o meu check-list de compromissos:
- 6h30min: acordar;
- 6h45min: tomar café;
- 7h: malhar;
- 8h:  tomar banho, comer algo e ir trabalhar;
- 9h: chegar no escritório.
- 12h: almoçar
- 14h - retornar ao escritório;
- 18h30min - ir para casa ou evento social

Rotina que sigo rigorosamente. É preciso ter força de vontade e disciplina. Confesso, no entanto, que qualquer alteração no cronograma me causa incômodo. Principalmente, quando não posso ter o momento "endorfina" na academia. Meu humor despenca!

Eu gosto tanto de malhar - e me faz tão bem - que, até pouco tempo atrás, mesmo com cansaço físico, com agenda lotada de compromissos ou gripado eu "puxava ferro".
Bem verdade que o tiro saía pela culatra. Fazia mal os exercícios e o corpo ficava fraco ao longo do dia, comprometendo o trabalho, o raciocínio e as relações. Já a consciência registrava missão cumprida!

Hoje, no entanto, reeduquei minha consciência. Afinal, não "sou personagem de novela" onde é possível ser rico sem trabalhar muito, ter um personal trainer diariamente, fazer baladas todas as noite e estar sempre muito bem disposto.

Eu sou apenas o Adriano, que ralo no dia-dia, que tenho que fazer compras no supermercado, descer o lixo, pagar contas, lavar a louça.  Eu sou apenas o Adriano que, de vez enquando, acorda cansado e, simplesmente, não tá a fim.

Às vezes não dá!

Fica para amanhã o treino.


sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

a ficha cai

Ok. Tá difícil de concretizar a tão sonhada viagem de férias para o estrangeiro, de buscar um novo emprego que pague melhor ou entrar com os papéis de financiamento para a casa própria? Isso tem uma explicação. Tu ainda não estás preparado para tal mudança.

Eu, por exemplo, há tempos prometia visitar um amigão em Paris e uma amigona em Madrid! Mas nunca dava (trabalho de mais, outras metas, pouca grana - desculpas que falava aos outros e para mim também).

Numa bela noite fui jantar com um grupo de pessoas. Conversa vai, conversa vem, entramos no assunto viagens. Todos na mesa conheciam algum país europeu ou os Estados Unidos. A vizinha e belíssima Buenos Aires, capital da Argentina, era o lugar mais longe que eu tinha visitado. Até aí, tudo bem!

De repente, me mandam a pergunta:
- E tu, Adriano, tão descolado, inteligente e, aparentemente (vejam o detalhe da expressão - aparentemente), tão bem-sucedido, porque nunca viajou para Europa?

Eu, elegantemente, respondi:
- É que para ser bem-sucedido, inteligente e descolado, comecei a trabalhar muito cedo e sempre me dediquei ao trabalho para chegar onde cheguei.

Na hora percebi que estava pronto para uma das maiores descobertas da minha vida. 
Duas semanas depois do fato já estava com as passagens em mãos. Finalmente meus planos de viajar pela primeira vez à Europa saíram do papel.

Fique tranquilo: a ficha cai quando tu menos esperar. E não te preocupa que nem sempre precisamos de um empurrãozinho, como fez esse meu amigo. 

Amsterdã foi um dos destinos. Conheci ainda Barcelona, Paris e Londres. 
Madrid será numa próxima viagem.