sexta-feira, 1 de julho de 2011

expectativa é como espinha

Não adianta! Por mais que entendemos que expectativas só nos fazem mal e não retratam em nada a realidade, ops, elas surgem como àquele arco-iris no fim de tarde chuvoso: inesperadamente! Partimos do ponto, então, que expectativa é como espinha, pois todos temos ao longo da vida.

Na adolescência, a acne toma conta do nosso rosto e corpo. É o reflexo natural da puberdade. Na juventude, quando começamos a entender a vida como vida, alimentamos todas as expectativas possíveis e impossíveis. É o reflexo natural de quem acredita que o mundo é justo, que as pessoas mudam sua essência e que o Elvis Presley está vivo.

Lá pelos 20 e poucos anos, as espinhas diminuem muito. Aparecem quando exageramos no consumo do chocolate ou durante uma alteração emocional (ficamos nervosos, ansiosos, deprimidos...isso segundo estudos)! Lá pelos 20 e poucos anos, começamos a entender que não é muito legal alimentar expectativas porque sempre nos damos mal, mas, no entanto, continuamos insistindo porque vá que “esse papo de expectativa sempre nos decepciona” seja bobagem. Bobagem é achar que a bobagem é bobagem. No final, sempre quebramos a cara.

Já com três décadas de vivências, as espinhas são esporádicas. Nascem na testa (àquela guampa de touro, sabe?), na parte interna do nariz ou até na orelha. Surgem sem nenhum motivo, aparentemente, para nosso desespero. Assim é com a expectativa a partir dos 30 anos. Sabemos que não podemos alimentá-la. Pezinho no chão porque a vida não é churros. Estamos vacinados contra a tal expectativa. Mas daí, um belo dia, uma bela situação, uma bela pessoa, uma bela informação, pronto: uma bela expectativa. O resultado, óbvio, não poderia ser outro: quebramos a cara, de novo.

Ok. Não vamos dramatizar. Acontece com qualquer otimista. Hora de tratar o problema. Quando surge uma espinha, esperamos ela amadurecer e “pah!”, damos àquela espremida. Adeus acne indesejada. Com a expectativa, fazemos a mesma coisa: “pah!”, damos àquela espremida na nossa consciência para reforçar que o mundo é o mundo, com suas imperfeições, assim, como as espinhas.


2 comentários:

  1. Tem vezes em que a expectativa é tao grande que é quase uma certeza, e a gente custa a dar um pah nela, é quase impossível. E o tombo, ai, o tombo é daqueles... :) Gostei do post Xuxu, passei por uma coisa assim faz nada.

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  2. O figurino pra um 1º encontro incluí pele limpinha e pés no chão!
    Gostei!!

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