terça-feira, 14 de dezembro de 2010

sou jornalista, não psiquiatra!

Toca o telefone e tu atendes. É o teu querido-amigo-reclamão que quer alugar os teus ouvidos para ouvir o que tu tens a dizer sobre a nova "pegadinha" dele que não manda sinal há três dias. Tudo bem! Quem nunca fez isso atire a primeira pedra. O problema é quando TODAS as vezes que ele te procura é para DESABAFAR.

OK. Cada um de nós possui um cidadão desses na lista de contatos do celular. Até acredito que são espíritos do bem em busca de uma luz que os tire da situação melodramática em que estão. E pensando no pedacinho de terra no céu, acabamos emprestando os ombros para as lágrimas alheia.

A questão é que há pessoas - COMO EU - que atraem mais esse tipo de gente. Na pauta: crise de existência, problemas de saúde, frustrações dos relacionamentos, dificuldades do trabalho e por aí vai. Não me custava, até pouco tempo atrás, dar um apoio moral. Até gostava e me achava útil clarear as ideias dos "necessitados". Usava os meus oito anos de terapia com os outros.

Conversando com uma amiga numa noite ela me largar uma ótima:

- Para de dar ouvidos pra choradeira dos outros que isso baixa o teu astral. Pede desculpas para pessoa e diz: hoje não, por favor!

Percebi, então, que tais situações me desgastavam mesmo. Ajudava o próximo e quando chegava a minha vez, necaquetebiriba (traduzindo: não faziam o mesmo)! Também tenho minhas inquietações e tento trabalhá-las da melhor maneira possível.

De fato ela tem razão. Sou jornalista e não psiquiatra!

Sou eu aqui? Não, né? Então não sou o pai do psicanálise. 
E aí é o Freud, referência no assunto...


6 comentários:

  1. Ameiiiiii!!!
    Eu tb passo mto por isso e faz um tempinho já q me faço de louca e tô nem aí pras reclamações dos outros!!!
    Nos meus problemas eu tenho q dar um jeito, os outros q se virem tb!!! rs
    Beijooooo

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Oi Cris! Obrigado pelo comentário animado!
    To bem nessas também...
    beijo

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  4. rsrsrs... Eu tb atraio essas pessoas... tanto é que um amigo uma vez me disse que eu deveria ser psicólogo. Mas faz parte da vida! hehe... Mas graças a Deus que eu consigo separar, ninguém baixa meu astral não... Mas tb descobrí que quando eu ñ tava tão legal, os outros ñ queriam ouvir meus problemas da mesma forma que eu ouvia... então, aí as coisas começaram a mudar. Sempre q eu posso eu ajudo( já está na minha existência ajudar as pessoas e gosto disso), mas criei uma barreira invisível para os problemas não me contaminar. Ví que tb precisa proteger um pouco minha "aura". Como diz Dona Tereza, uma amiga, "cada um no seu quadrado!"

    Danilo Sant'Anna

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  5. ah, meu amigo, nem me fale... ser consultor existencial dos outros é minha sina... e cansa... ô se cansa!

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  6. Mto real! Seria óbvio demais dizer -assim são as pessoas!A questão é que umas querem usar teu ouvido como latrina! A outra é tu permitires. E acho que foi esta a compreensão que tivestes. Mto bom mesmo!

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