quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

um poste no caminho

Esse é o sétimo post, de uma série, sobre adoção animal. O que muda na rotina, em nós e na forma de ver o mundo.

COMO TUDO na vida tem a primeira vez, o Kiko fez a primeira grande arte dele desde que veio morar comigo. Todos os dias passeamos, pelos menos três vezes, para que ele possa gastar a energia acumulada. Como almoço em casa, sou um privilegiado por isso, consigo descê-lo para um rápido “pipico”. Para quem acompanha a série, sabe que o bichano não costuma fazer as necessidades dentro do apartamento e, por isso, as voltas são mais que necessárias.  

Recentemente, durante uma caminhada matinal, nós passamos por um susto. Ele e eu! O Kiko adora me puxarrrrr na rua. É incrível como ele é um “ansiosinho da goiaba”. Além de gostar caminhar me arrastando, não pode ver um poste, uma árvore e nada úmido no chão que quer logo cheirar e marcar território. Até é engraçado porque, como uso uma guia retrátil, ele passa pelas pessoas como se estivesse numa pista de corrida. E, depois de uns segundo, passo eu com a maior cara de “ele está com pressa”. Rsrs.  

Pois bem. Não é que nesta manhã o bonitinho se enroscou num poste? E como não adianta pedir para eles se “desenroscarem”, quando fui fazer a manobra para nos livrarmos do bendito obstáculo, o Kiko dá uma puxada e a guia escapa da minha mão.   

Socorro! Só pude ver o peludo correr em direção à avenida movimentada. Gritei:

- Kikoooooooooooooooooo.

E, no impulso, jogo os pés, as mãos e o corpo no chão com o objetivo de pegar a guia. Nem sei como foi! Só sei que meu pé direito conseguiu trancar a “corda”. Contorcido e “na chon” vi o Kiko deitado, quase no meio da rua. E vários carros parados!  

Depois daqueles segundos de desespero, consigo resgatá-lo são e salvo. Saio caminhando, normalmente, tentando despistar os olhares das pessoas que estavam na calçada e nos veículos. Dei-lhe uns tapas, para mostrar ao mundo quem mandava na relação.  Ou pelo menos tentando me convencer disso.

Mas, ao longo das horas, uma dor insuportável tomou conta do meu pé que serviu de freio para a fuga do cãozinho. Depois de ir para o hospital e constatar uma torção, tive que ficar por cinco dias de molho em casa. Até aí, tudo bem. Menos mal que não quebrei o pé. Ele, de castigo, sentiu que fez arte e ficou, visivelmente, constrangido ao me ver pulando pela casa.


Depois dos dias imobilizado, finalmente tiro a faixa do pé e, o primeiro gesto do Kiko, foi lambê-lo, como um pedido de desculpas. Agora, com uma guia mais curta, tomo o cuidado em nossos passeios diários para que não tenhamos um "Vale a pena ver de novo". 

Na semana que vem uma nova aventura do Kiko. 

3 comentários:

  1. Ai meu Deus!!! Que cagaço!!!!!
    rs...
    Ele lambendo o teu pé... não tem preço!!!! Não dá pra aguentar!!!! rs...
    <3

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  2. Sugestão de quem já foi passeadora...
    Sai pra caminhar com a guia presa no teu cinto (caso tenhas como fazer isso).
    O nosso tronco consegue segurar um cão... já o nosso braço, não tem tanta força, assim...
    E acostume-o a fazer xixi e cocô onde você quer...
    Leve-o até um poste ou arbusto... e espere-o fazer as necesidades... Tenha sempre um petisquinho pra ele quando saírem juntos... assim, sempre que ele fizer o xixi e o cocô no lugar que você definir, e sempre que ele se comportar bem, será condicionado... e ele vai saber que ganhará um agrado!
    (Eu usava micro pedacinhos de salaminho, como petisco)... os cães adoravam!

    #ficaadica

    Beijão!!!

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    1. Amei as dicas, querida! Vou, mesmo, fazer isso. Sou pai novo e tenho muito o que aprender. Um beijo grande

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