quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

o primeiro passeio juntos

Esse é o quinto post, de uma série, sobre adoção animal. O que muda na rotina, em nós e na forma de ver o mundo.

LEMBRO-ME da primeira vez que saí com o Kiko, ainda pequeno, pelas ruas do bairro da minha avó. Foi uma experiência traumática para mim, e acredito que para ele. Não chegamos a dar uma volta na quadra porque ele não conseguiu caminhar de tanto medo. Medo das árvores, dos cães que latiam dentro dos pátios das casas por onde passávamos, dos carros, das pessoas, das folhas caindo das árvores, do vento! Depois disso, nunca mais saí com ele.

O nosso segundo passeio aconteceu algumas semanas atrás, sete anos depois. No nosso primeiro final de semana morando juntos, decidi levá-lo ao parque. Na verdade numa festa de aniversário de criança numa praça, ao ar livre. Na minha mente só conseguia ver àquele Kiko assustado e quase preso ao chão. 
O Kiko no meu colo com vergonha
Engano meu. O cãozinho de porte médio – para pequeno – agora não era mais um filhote. O medo foi embora e deu lugar à segurança – embora ainda tenha algumas coisas que o assustem. A rua para ele, hoje, é uma passarela. Ou melhor, uma pista de velocidade. Eita cachorrinho que adora caminhar apressado, cheirando tudo, demarcando com xixi qualquer coisa que vê pela frente.

Ele tem um porte bonito. E não é confete de dono. É porque ele é elegante mesmo. Deve ter aprendido com minha vó, que não saía de casa bem penteada, arrumada e cheirosa. Até dentro de casa gostava de estar impecável. O Kiko é assim. Um cão todo vistoso. Caminha todo empinado. E faceiro. Quase que um modelo-dog.

Tanto é verdade que, naquele dia, estávamos no foco de todo mundo. Não tinha ninguém que não passasse pela gente com um sorriso, com um boa tarde ou com uma palavrinha do tipo: “que lindo ele é”. Não para mim e, sim, para o Kiko. Rsrs.

E não é que o rapazinho se comportou como um cavalheiro diante dos convidados da festa? Educadamente, aceitou carícias e até deu umas lambidinhas. Mas, o que ele mais gostou mesmo foi do TAMANHO do parque. Pude correr com ele, na guia claro, pelos campos verdes. Foi divertido para ele. Mas, mais divertido para mim.

Agora é assim. Passeios e mais passeios. Até porque, ele merece conhecer o mundo além dos portões do pátio de uma casa. 


Na quarta-feira que vem, dia 27 de dezembro, a primeira vez que o Kiko vê o mar. 

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