quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

carreira: como se reinventar

Crise financeira aqui. Corte de despesas lá. Enxugamento acolá. A economia mundial está abalada. No Brasil, o tsunami de ondas negativas devastou o mercado, atingindo em cheio empresas e trabalhadores. Para 2017, que está recém começando, a ordem é só uma: se reinventar.  E a dica vale para todo mundo: desempregados, empregados e empregadores.

De acordo com o consultor de carreiras Fábio Souza, associado da De Bernt no Rio Grande do Sul, o discurso pode soar corriqueiro entre tantas análises, mas faz-se necessária uma revisão clínica para aproveitar melhor os recursos, agilizar processos e otimizar resultados. “O exercício é para todos, sem exceção. No que compete às empresas, o redesenho das estruturas deverá estar alinhado à periódica avaliação de seus colaboradores. É fundamental identificar se a equipe tem o perfil necessário para atravessar esse período de incertezas”, afirma. Em outras palavras, é preciso escalar o time correto, pois não haverá espaço para manter um jogador mal escalado ou na posição errada.

Fábio Souza. crédito divulgação
Para quem está no mercado de trabalho, não existirá zona de conforto. Este ano será importante para se praticar a resiliência e pensar no autodesenvolvimento. Segundo Fábio, não vai se admitir mais frases como “eu não sou contratado para isso”. Independente do cargo que ocupa na empresa, o colaborador terá a missão de assumir novas tarefas, reforçando a tendência de perfis multifunções. “Em tempos de crise como este, é importante compreender as dificuldades da organização e estar aberto a mudanças internas, que podem representar grandes oportunidades para boas ideias. Atualizar suas capacitações e assumir a liderança das soluções farão a diferença”, defende.  

E para quem está fora do mercado e busca uma recolocação?  Para o consultor de carreiras, além da resiliência, o candidato terá que ter maior paciência, pois os processos de seleção serão cada vez mais longos e rigorosos. E mais. “Novos conceitos do mercado acarretarão na redução de salários, especialmente para cargos mais estratégicos – queda estimada de 30% a 40% nos rendimentos. E não haverá espaço para lamentações. As empresas buscam profissionais qualificados, experientes e que, acima de tudo, estejam preparados para atuar como donos do negócio”, completa.  

Então, enquanto a marola não passa, o conselho é se revisitar e tentar descobrir o que de melhor você faz. Foco e resistência podem fazer a diferença mais adiante. 

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