quarta-feira, 3 de setembro de 2014

...é assim é que é!

Ela está ali, todos os dias, bem juntinho da gente. Refiro-me a gloriosa rotina. Academia, trabalho, jantares com amigos, cineminha, festas, namoricos (ou namorão), curso disso ou daquilo, enfim, tudo faz parte da nossa agenda de prioridades. Pelo menos da minha. Vivemos para nós mesmos e está mais do que bom, não é mesmo? De repente uma única ligação muda completamente o rumo dessa prosa. Sim, do outro lado da linha recebemos a notícia de um limão tão azedo que é impossível acreditar que ele poderá se transformar numa doce limonada em um curto prazo. Aliás, que mania essas “informações ruins” têm de chegar por celular? Mas isso é outro papo.
Quem acompanha o blog sabe que o meu começo de ano não foi dos melhores, e ainda tá puxado! Mas, como escrevi no primeiro post de março, o negócio é aceitar o que a vida te dá para a manutenção da tua saúde física e mental. Assistindo ao curta-metragem Café com Leite, de Daniel Ribeiro, percebi que essa mesma ligação com a notícia de um limão azedo pode sim, fazer uma limonada. Ok! Não será uma deliciosa limonada, mas dá para beber, retorcendo bem pouquinho a cara.
Assim como na ficção, vivi na pele a inversão de sentimentos. O que antes era prioritário passou a ser secundário. O que antes nem estava entre o Top Five, sobe para o topo da lista. Deixamos de viver para nós mesmos e começamos a viver para os outros, em função dos outros. Esses “outros” que amamos muito.
Voltando lá para cima, no primeiro parágrafo, tirei férias da academia, os jantares com amigos foram deixados de lado, o cineminha completamente cortado, festas e namoricos abandonados. Apenas o trabalho foi mantido, até porque vem dele o pão de cada dia. Não sei se era o certo, mas sei que é assim é que é!
Por outro lado, essa ausência temporária da gloriosa rotina me levou a um tempo maior comigo e com valores que estavam esquecidos lá na infância, na época em que brincava sozinho e tinha quem realmente importava por perto. É mais ou menos como redescobrir pais, irmãos, avós, tios e, o principal, todas as coisas simples da tua vida. É uma experiência muito louca porque é uma volta ao passado em pleno presente. Os planos são congelados temporariamente e passamos a redescobrir novos sentimentos.
Aos poucos as melancias vão se acomodando na caçamba do caminhão e a vida retornando a sua normalidade. Mas nós, certamente, estaremos diferentes! Não sei se será o certo, mas sei que é assim é que é!

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