Olá querido leitor e leitora! Sei que estou em dívida com vocês. Faz um tempinho que não posto um texto novo aqui no Limonada Zen. Mas, como diz o ditado, antes tarde do que nunca. Vamos, então, a uma reflexão inédita aqui no blog.
Nós, seres humanos, somos muito vulneráveis aos sentimentos e as nossas vontades. Se ficamos tristes, pronto, já é o suficiente para comermos àquele doce e mandar a dieta para a lua, ou, na melhor das hipóteses, para a próxima segunda-feira. Se estamos alegres, vamos beber todas, afinal, o que importa é o momento e azar do dia seguinte – àquela péssima sensação no estômago, dor de cabeça e gosto de guarda-chuva na boca. Se a preguiça bate no corpo, ficamos mais tempo na cama e atrasamos o primeiro compromisso do dia. Isso se não o cancelarmos, não é mesmo?
Nós, gaúchos, temos mais um grande motivo que nos torna ainda mais vulneráveis: o clima. O inverno que passou e a primavera que está chegando decidiram se unir. Chuva, frio e muita umidade têm feito não só os cuscos renguearem, mas a gente também.
Confesso que sempre fui disciplinado na minha rotina. Gosto de acordar cedo e iniciar a vida bem cedinho. Mas nesse ano, a porca torceu o rabo. Na boa! Com sensação térmica negativa não há quem queira estar na rua badalando! Pelo menos eu quero estar no aconchego da minha cama. Aliás, se pudesse, eu hibernava como os ursos!
Mas nessa semana decidi resgatar o “militar” que há dentro de mim e assumir as rédeas do Adriano Cescani. Na terça-feira que passou, o sul do Brasil foi atingido por um ciclo violento de chuvas. E olha que eu até gosto de sair em dias chuvosos. Acho a cidade charmosa. O problema é que chovia, mas chovia, muito!
Olhei para a janela e pensei:
- Olha a chuvarada. Não vou ir à academia. Vou me molhar todo. Além disso, posso me gripar. Sem falar que está muito frio. Ah! Vou todos os dias, né? Hoje não vou e PRONTO.
O problema, ou a solução, é que a consciência falou mais alto. Deu uma cutucada em mim.
- Ai ai ai Adriano. Essa desculpa está mais velha que panetone em cima da geladeira da casa da tia-avó. Sempre fui disciplinado, não vai ser agora que vou fazer corpo mole.
Suspirei, mas suspirei fundo, e disse alto e bom tom para eu me ouvir:
- Quem manda aqui: eu ou o clima?
Eu, respondi! Criei coragem e mesmo com o temporal fui fazer meu treino diário. Foi bom. Me senti bem comigo mesmo e com o dever cumprido.
E é aí que quero chegar. Usei o caso do treino, mas essa pergunta pode ser feita para várias questões do dia-dia. Se está de dieta, porque comer um doce fora do dia permitido? Se está fazendo uma outra atividade que não seja lá tão prazerosa, pra que fazer corpo mole se é necessário executar tal ação? Se parou de beber refrigerante, porque abrir uma exceção sem um bom motivo? (Festa de criança, por exemplo?)
Às vezes é bom nos permitirmos alguns luxos e deixamos de fazer tal coisa. O problema é quando achamos que sempre somos merecedores dos luxos. E não somos. A “folguinha” é boa para quem rala muito – seja no trabalho, na dieta, na academia, ou em qualquer outra ação. Se o luxo vira rotina, deixa de ser luxo! E vamos combinar, “gazear” é legal, mas só de vez em quando para deixar a vida com um gostinho de quero mais.
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