Me considero uma pessoa tímida. Por isso, quando o assunto é meio “espinhoso” sempre preferi usar o texto no lugar da fala. Na escrita podemos pensar, organizar as ideias, medir as palavras. Fazer bonito através de um e-mail, torpedo, mensagem em rede social e até mesmo em carta ou bilhete é bem mais fácil. Mas corremos o risco de perder o “time” da história e sofrer com um assunto mal-resolvido. Esses dias me dei conta que falar é mais fácil do que se imagina.
Prozeando com um amigo, ele me larga uma frase que não me agradou em nada. Achei grosseira, maldosa e desnecessária! Imediatamente minha fisionomia mudou e um calor subiu pelo meu corpo. Durante uns 30 segundos fiquei em silêncio. Tempo para refletir, respirar e contar até 3. Foi aí, neste momento, no melhor estilo Sandra Annemberg, vomitei:
- “Desculpe, mas não gostei do que tu me disse. Achei grosseiro e deselegante!”
Na hora, um pedido de desculpa revestido de constrangimento veio por parte dele, seguido de uma série de explicações. Acho que jamais imaginou a minha reação. A partir daí começou uma conversa madura sobre o tema em questão.
Confesso que me deu um orgulho danado de mim. Não por ter deixado ele numa saia justa, mas porque externei um sentimento que, em épocas passadas, ficaria remoendo dentro de mim por muito e muito tempo. É claro que fiquei alguns minutos chateado, mas apenas alguns poucos minutos e não horas, dias, semanas ou meses!
Não me escondi atrás de um e-mail ou torpedo! Assumi o comando da situação em tempo real. As pessoas precisam aprender que não podem falar tudo o que querem ou que pensam e saírem na boa. É necessário que aprendam com os seu erros. As pessoas precisam entender que falar é mais fácil do que se imagina.
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