Olá amigos leitores! Estava sentindo falta de escrever aqui no Limonada Zen. Infelizmente, as últimas semanas voltaram a ser corridas para mim. Quando decidi criar o blog, pensei em fazer algo divertido, leve e que me ajudasse a enfrentar melhor os limões que a vida nos dá. Essa frase é clichê, eu sei, mas o que não é clichê nesse mundo, não é mesmo? Em algum momento, tudo vira clichê, podem ter certeza!
O Limonada Zen nasceu para oxigenar minhas ideias e reforçar o quanto eu mesmo preciso me melhorar. Nunca pensei em fazer um diário pessoal ou tornar meus textos um mar de lamentações. Mas parece que o cara lá de cima também lê o blog e decidiu colocar em meu caminho pedras de diferentes tamanhos e formatos. Mais ou menos na linha:
- Já que tu gostas de transformar limões em limonadas, agora vamos ver até onde tu agüentas, peão!
Quem acompanha os posts sabe, mais ou menos, que enfrento uma doença na família. Há duas semanas, mais um baque. Mais uma má notícia. Agora, com outro integrante da minha casa. Sim, o raio cai duas vezes no mesmo lugar. É! A rapadura pode ser doce, mas é dura!
Até pouco tempo atrás sofria pelo meu pai, sofria pela minha mãe, sofria por mim, sofria pela minha avó, sofria pelo meu irmão, sofria pelo meu presente, sofria pelo meu futuro, sentia saudades do passado – o que me fazia sofrer. Ou seja, sofria por cinco pessoas, sofria por ontem, por hoje e pelo amanhã. Haja coração para agüentar tanta tristeza.
Depois de ver o chão se abrir, de novo, aos meus pés, não tinha mais forças de não ter forças. Senti que não podia mais ficar vulnerável a tanta tristeza. Cansei, na real, de sofrer. O tempo estava passando e com ele a minha vida. As lágrimas que corriam em meus olhos e uma dor profunda no coração me deram, por incrível que pareça, um sentimento muito maior e mais pleno: o entendimento de que a vida é assim. E é assim para todo mundo – uns mais cedo, outros mais tarde.
Não quer dizer que não sinta medo. Não quer dizer que não me importo mais com o que estou enfrentando. Não quer dizer que, às vezes, não fico triste. Não quer dizer que chutei o balde e surtei! Não quer dizer que não me importo mais com nada nem com ninguém.
Quer dizer apenas que compreendi que cada um de nós tem o seu próprio fardo. Compreendi que podemos ajudar muito mais o próximo quando estamos fortes e otimistas. Compreendi que a nossa vida segue mesmo com todos os problemas. Compreendi que é possível separar os momentos alegres dos tristes. Não é fácil compreender tudo isso e colocar em prática. E mais, tudo tem a sua hora.
Hoje, convivo – sem dramas – com trabalho, com casa, com hospital, com doentes, com remédios, com amigos, com festas, com dúvidas e com incertezas. Mas convivo, ainda, com certezas. Certezas de que a fé move montanhas, que o sofrimento nos torna fortes, que nascemos e morremos sozinhos!
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