Impressionante como convivemos com pessoas sem noção. São “elas” que causam as situações mais estressantes, absurdas e injustas que presenciamos todos os dias por aí. E, são “elas”, ainda, que formam a nossa sociedade. Sem falar que somos “caçados” 24h pelo telefone fixo, celular, torpedos, Facebook, Twitter, Instagram… Falamos com todos ao mesmo tempo. Vivemos num liquidificador contemporâneo de loucuras e informações por segundo. Em resumo: ficamos loucos!
Uma tarde dessas fui dar um tapa no visual. O meu hair stylist ousou no meu corte de cabelo me deixando levemente inseguro. Na dúvida, larguei pra ele:
- Me pareço com um integrante do “New Kids On The Block “!
Pra quem está na casa dos trinta e poucos anos vai saber de quem se trata. Para os mais novos, o NKOTB era um grupo americano de meninos com visual e cortes diferentes, lá nos anos 80. Enfim, fica por isso mesmo. Seguindo o baile. Fui lavar o cabelo – aliás, o que sobrou dele- e comentei com a menina no lavatório como estava me sentindo. Damos risadas, é claro! Vi que a garota era descolada. Pintura forte no rosto, piercing no nariz e orelha e uma “madeixa” super moderna e bem preta. Perguntei a ela:
- Tu sabes qual a tribo do momento?
Sim! Cada época brota um gueto diferente (Grunges, Emos, Punk, Patricinhas e Mauricinhos)! Os meninos do New Kids On The Block, por exemplo, marcaram um estilo, assim como os Menudos, etc. Ela, imediatamente, comenta:
- Tá em alta a galera do “me deixa, meu mundo é melhor”!
Confesso que achei o máximo! O movimento do “me deixa, meu mundo é melhor” reúne meninos e meninas com estilos Cult e Cool. Se vestem meio retrô e falam de música e literatura. Pelo menos não são chorões e sofredores como os Emos e usam roupas mais bacanas que os Grunges. A ideologia deles não é revolucionária, excludente ou anárquica. O lance dessa galera é não se incomodar na vida. Querem fazer o que gostam, na deles, sem criar polêmicas. Querem ser eles mesmos, felizes, com seus defeitos e virtudes.
Olhando para o teto, enquanto recebia shampoos, condicionadores e cremes na cabeça, fiquei matutando. Eureca! Eu acho que to fazendo parte desse novo grupo social!!!
Não tenho o estereotipo físico deles, mas sim a alma! Estou longe de ser introvertido ou “azeite” (que não se mistura com os outros). Mas confesso que estou num momento “me deixa, meu mundo é melhor”. Sou um cara que busco, atualmente, ficar na minha. Implica não atender um telefone no final de semana, ficar afastado das redes sociais um ou dois dias, evitar “ajuntamento” de pessoas, andar por aí, pegar sol, ver os mais diferentes programas de Tv, não ter “agenda” lotada de compromissos… Goste ou não, só o meu mundo me interessa. Ele não é melhor nem pior que o teu. É apenas o meu universo, lugar onde encontro paz e recarrego minhas energias na presença de quem gosto e quero. Simples assim!
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