As festas de final de ano estão aí. É o terrível, mas necessário, período do nosso balanço. É inevitável – e inclusive está no subconsciente dos mais descrentes – refletirmos sobre o que aconteceu conosco nos últimos 12 meses. Onde acertamos e onde erramos? Onde fizemos menos e onde fizemos mais?
Como disse o poeta Carlos Drummond de Andrade, 12 meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente. Eita coisa boa! Quem fatiou o tempo sabia o que estava fazendo, né?
E é nessa inovação que precisamos pensar. E pensar para valer, viu? No mundo capitalista em que “moramos” é impossível deixar de planejar o futuro sem almejar o que há de melhor: o carro zero quilômetro, o apartamento recém construído, o celular moderno, a calça de grife, a promoção sonhada no emprego e por aí vai. É do ser humano querer o melhor para si. Afinal, trabalhamos para isso e achamos justo atender os nossos mais secretos desejos. E não vou ser hipócrita, agora, escrevendo que temos que viver de pão e água. Longe disso!
O meu irmão, Eduardo, me passou uma mensagem que mexeu comigo e deu um rumo aos meus planos para o novo ano, até então confusos e indefinidos. Na virada de 2012 para 2013, já tenho a minha mentalização (sim, sempre faço uma corrente positiva com desejos diferentes, bem como um verdadeiro ritual):
- Fecharei os olhos e pedirei um favor ao vento: leve tudo o que for desnecessário. Daqui para frente só o que couber no bolso e no coração.
Essa linda mensagem é da Cora Coralina, uma mulher que fez a diferença por aqui. Ela resume muito bem a fórmula da felicidade. Refletindo um pouco mais sobre esses dizeres, eu sei o que não quero para mim neste novo ciclo: sofrer. Não quero ter dívidas enormes, não quero ficar deprê por não conseguir comprar o carro dos meus sonhos ou adquirir uma linda casa num condomínio de luxo, ou ficar angustiado por não ter como sustentar todos os meus “luxos”. Queria – quero – tudo isso, mas, sei lá, cada um tem o seu momento e sua história. Isso não significa que ficarei no conformismo, muito pelo contrário. No novo ano continuarei correndo atrás dos meus sonhos e metas, só que dentro do meu 1,71cm de altura.
E meu coração, ah, esse é grande! Cabe o mundo, se eu quiser. Basta eu treiná-lo. Entendi, ao longo da minha caminhada, que o que nos motiva e nos deixa vivo é a felicidade, encontrada, também e principalmente, em momentos tão simples que nem nos damos conta. Em 2013, vou rir mais, vou me divertir mais, vou brincar mais, vou ser melhor para mim e para os outros. Quero olhar com mais carinho para as pequenas coisas da vida. Em 2013, decidi viver com o que couber no bolso e no coração. Um Natal maravilhoso e um novo ano espetacular para todos vocês, amigos leitores!
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