Ah! Se pudéssemos voltar no tempo. Esse, certamente, é o impossível desejo mais secreto e íntimo de todos nós. Quantos erros poderíamos consertar, quantas decisões poderíamos repensar, quantas frustrações poderíamos arrancar de nossos corações se tivéssemos o dom do “refazer” o presente, que vira passado em um segundo.
Em Questão de Tempo (2013), de Richard Curtis, os homens da família Lake possuem a magia de atrasar os ponteiros do relógio. Na trama, Tim, um jovem desajeitado de 21 anos, ao descobrir a máquina do tempo que está dentro dele, decide fazer de tudo para arranjar uma namorada. Cenas engraçadas nos dão um gostinho de “eu também queria receber essa capacidade”! Capacidade de reeditar o momento do primeiro encontro com a pessoa amada, o primeiro beijo, a primeira transa e o pedido de casamento.
Mas, surpreendentemente, o roteiro vai amadurecendo, como a gente mesmo, ao longo da vida! A comédia se transforma num drama. O riso nos nossos lábios dá lugar para reflexões e lágrimas nos olhos ao sabermos que nem tudo é passível de nova chance, nem mesmo na ficção. E aí, meu caro leitor, ganhamos um soco no estômago.
O roteiro de Questão de Tempo nos acorda para o agora. Nos damos conta que não é fundamental voltar um momento para construir um novo final. Isso tornaria a vida perfeitamente chata, já que não aprenderíamos com os erros e frustrações. E nem entenderíamos o sentido da vida.
Entre risadas, nós na garganta, lágrimas e uma saudade que brota na gente – do que vivemos e do ainda iremos perder -, percebemos que tudo é uma questão de tempo. O nascer, a infância, a adolescência, o amor, a fase adulta, a velhice, a doença, a morte! O tempo de agora é aprender com o tempo passado. É levar a vida mais leve, é dizer mais vezes “eu te amo” para quem se ama, é beijar e abraçar mais quem se gosta, é sorrir mais – mesmo na dificuldade -, é ser feliz. É simplesmente viver! Porque tudo é uma questão de tempo.
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