quarta-feira, 3 de setembro de 2014

sou apenas um, entre bilhões...

Já estamos com um pezinho em 2013. Há um bom tempo, a palavra “polêmica” não faz mais nenhum sentido para mim. Não existe o que é certo e o que é errado. Temos maneiras diferentes de ver a mesma situação. A atriz Luana Piovani, conhecida pelos ásperos e exóticos comentários que dá por aí afora, durante uma entrevista ao programa Vídeo Show, da Tv Globo, disse que não entendia porque as pessoas se incomodavam tanto com as opiniões dela. A loira fez um aviso aos navegantes de que continuará falando o que bem entender. E sabem por quê?  Porque é a opinião de uma única pessoa num universo de bilhões de opiniões de homens e mulheres.
Outra que adora causar um rebuliço por aí é a Madonna. E não poderia ser diferente na passagem dela pelo Brasil, em especial, por Porto Alegre. A rainha do pop internacional deixou um rastro de mágoa, destruição e felicidade por aqui.  Confesso que me dediquei a ler atentamente as postagens dos internautas nas redes sociais sobre o antes, o durante e o depois do show da bonita. E deu de tudo: do ódio ao amor. O mais divertido foi ver as discussões das pessoas sobre tudo. Desde o atraso da subida dela no palco (que para alguns não foi atraso), do repertório (que para alguns foi pobre de sucessos), passando pelo excesso de tecnologia em cena (para uns fãs a artista sumiu no meio de tanto efeito especial), terminando pelo uso de playback (há informações que ela estaria gripada) e blá blá blá! Opiniões calientes e discussões ferrenhas!
Eu não sou fã da Madonna. Mas decidi pagar uma boa grana para assistir aquela que é considerada um ícone do showbunisses mundial. Peguei fila pra entrar no Olímpico, enfrentei calor, fiquei horas em pé, me sujeitei a pagar os valores superfaturados das bebidas, usei os fedorentos banheiros químicos e, por fim, disputei – a tapa – um táxis na hora de retornar para casa, já na madrugada de segunda. Tudo isso só para ver a tal Madonna em Porto Alegre.
Como bom virginiano, observei tudo atentamente. Da Madonna, lá no palco, à tiazinha atrás de mim. Vi gente pulando, vi gente bocejando, vi gente de braços cruzados, vi gente passeando como se estivesse na Redenção, vi gente dançando, vi gente caindo de bêbado no gramado, vi gente se beijando, vi gente com cara de sono, vi gente realizada, vi gente xingando a artista. Vi gente que chegou dois dias antes da abertura dos portões do estádio para o show. Vi gente saindo no meio da mega apresentação!
Uma amiga disse que era um grande espetáculo, com a Madonna participando. Um outro amigo disse ser o maior show que Porto Alegre recebera na sua história. Um colega de academia achou legal, só isso. Um conhecido disse não sentir a menor falta em não ter ido. O outro disse que não gostou.
É mundo real: Madonna veio e já foi. Frustrada ou superada, a expectativa, de quase um ano, acabou. A vida, pra quem ainda não percebeu, já voltou ao normal. Amanhã é dia de pagar contas, de resolver problemas no trabalho, de malhar, de ir ao médico, de pensar nas compras do Natal. Ninguém vai ser melhor do que ninguém por ter gostado mais ou menos do show da diva. Não entrei nas discussões das redes sociais por um simples motivo:
- a minha opinião é apenas uma, no meio de bilhões de pessoas, como já disse a Luana Piovani.

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